quinta-feira, dezembro 25, 2008

terça-feira, dezembro 23, 2008

Músicos do Brasil: Uma Enciclopédia

Músicos do Brasil: Uma Enciclopédia é um projeto patrocinado pela Petrobras através de seleção pública, e apoiado pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.  É a primeira base de conhecimentos dedicada inteiramente à música instrumental brasileira de caráter popular, em todas as suas variantes e manifestações, desde a formação, no século XIX, até os dias de hoje. 

domingo, dezembro 21, 2008

Bebo & Cigala - Hubo un lugar, Cuba linda

Paquito de Rivera

Flora Purim


FLORA PURIM com a UNO. Quem a chama ao palco é James Moody. O baterista é Ignacio Berroa. Ayrto Moreira e Giovanni Hidalgo na percussão, Danilo Perez ao piano, Dizzy no trumpete e nos frenéticos solos de sax, Mario Rivera, Paquito d`Rivera e James Moody.

Flora Purim and Arturo Sandoval

sábado, dezembro 20, 2008

Glen Canyon Dam


Glen Canyon Dam is a dam on the Colorado River at Page, Arizona, USA, operated by the United States Bureau of Reclamation. The purpose of the dam is to provide water storage for the arid southwestern United States, and to generate electricity for the region's growing population. Damming the river flooded Glen Canyon and created a large reservoir called Lake Powell. Just downstream from the dam is an arch bridge that carries U.S. Route 89.

Four Corners

The Four Corners is a region of the United States consisting of southwest Colorado, northwest New Mexico, northeastArizona and southeast Utah. The name comes from the Four Corners Monument, located where the four states touch — the only location in the United States that is on the boundaries of four states. The majority of the Four Corners region is part of semi-autonomous indigenous nations. Two of these are the Navajo Nation and the Ute Mountain Ute Indian Reservationwhich have a boundary at the Four Corners Monument in addition to the four states. The economic capital and largest city in the region is Farmington, New Mexico.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Great Meteor Crater - Barringer Meteorite Crater, Arizona

A Brief Lowryan Chronology

1909

Clarence Malcolm Lowry born on 28 July in Cheshire, England.

1911

The Lowry family moves to Caldy, Wirral, Cheshire.

1915-23

Lowry attends Braeside School and Caldicote School.

1923-27

Attends the Leys School, Cambridge.

1927

May-October: Lowry sails to the Far East as a cabin boy/deck hand aboard the S.S. Pyrrhus.

1929

April-September: in Cambridge, Massachusetts. Lowry studies under American poet and novelist Conrad Aiken. October: enters St. Catherine's College, Cambridge University, England.

1930

Travels to Norway to meet novelist Nordahl Grieg.

1932

Graduates from Cambridge with a B.A. in English.

1933

Jonathan Cape publishes Lowry's first novel Ultramarine.

1934

Lowry marries his first wife, Jan Gabrial, in Paris.

1935

Lowry spends ten days in psychiatric wing of Bellevue Hospital, New York. Begins writing an early version of Lunar Caustic.

1936

November: in Cuernavaca, Mexico with Jan. Begins writing Under the Volcano.

1937

Conrad Aiken visits Lowry in Guernavaca. Jan Gabrial leaves Lowry.

1938

Lowry goes to Los Angeles where he begins working on the second draft of Under the Volcano.

1939

Meets Margerie Bonner on July 7; goes to Vancouver, British Columbia, Canada where he is joined by Margerie. Begins third draft of Under the Volcano.

1940

August: Lowry and Margerie move to a squatter's shack in Dollarton near Vancouver. His divorce from Jan is finalized and hemarries Margerie on 2 December.

1941

Working on fourth draft of Under the Volcano.

1944

Lowry's shack burns down. He and Margerie go to Niagra-on-the-Lake, Ontario to stay with Gerald Noxon where he completes the fourth draft of Under the Volcano on Christmas Eve.

1945

In February Lowry returns to Dollarton and rebuilds shack. Travels to Mexico with Margerie in November.

1946

Under the Volcano is accepted for publication by Reynal & Hitchcock in New York and Jonathan Cape in London. Lowry is deported from Mexico and returns to Dollarton. He later travels to New York via New Orleans and Haiti.

1947

Under the Volcano published in New York on 19 February and in London on 1 September.

1948

Returns to Vancouver. Sails to Europe via the Panama Canal.

1949

Lowry returns to Dollarton where he works on the stories in Hear Us O Lord from Heaven Thy Dwelling Place and other writing.

1950-54

Working on October Ferry to Gabriola, Dark as the Grave Wherein My Friend is Laid and other stories and poems.

1954

Final departure from Dollarton for New York and Italy.

1955

Arrives in England and moves to the village of Ripe in Sussex.

1957

Malcolm Lowry dies in Ripe on June 27th.

Malcolm Lowry

Malcolm Lowry publicou em vida dois livros. Um deles é uma obra-prima do século XX, "Debaixo do Vulcão" parece "cem foguetes a rebentarem ao mesmo tempo", como definiu o próprio.

Ele haveria de ter apreciado a escolha das palavras que constam da sua certidão de óbito: "Death by misadventure" ("morte por desventura"), escreveu o médico que o autopsiou naquele fim de Junho de 1957. A "desventura" era a tradução literária, por assim dizer, disto: um cocktail de barbitúricos (50 comprimidos para dormir, contam biógrafos, pertencentes à sua segunda mulher, Margerie Bonner) e álcool.

Malcolm Lowry tinha apenas 47 anos e dois livros publicados, "Ultramarina" e "Debaixo do Vulcão". Tudo o resto (romances, poemas e novelística) pertence ao rol de títulos que a História da Literatura carimba como livros póstumos.

No dia em que foi encontrado morto, a 27 de Junho, teve uma violenta discussão com Margerie. Depois, ouviu "A Sagração da Primavera", de Stravinsky (o volume no máximo, as paredes a estremecerem e ele agarrado a uma ou duas garrafas e a um frasco de comprimidos). É quase inevitável imaginá-lo agonizando sob o efeito desta mistura e não surgir a imagem do índio que, no "Vulcão", jaz moribundo na berma de uma estrada poeirenta.

Lowry não foi enterrado em Birkenhead (Cheschire), onde nasceu a 28 de Julho de 1909, mas em Ripe, perto de Brighton, num túmulo que não ostenta o epitáfio que já havia escrito para a sua lápide: "Aqui jaz Malcolm Lowry/ Perdido e achado em Bowery./ Na prosa, se às vezes floria/ Outras até deprimia./ Passava a noite a viver,/ O dia inteiro a beber,/ E ao morrer estava de pé/ A tocar ukulelé" (tradução de Aníbal Fernandes). No seu lúcido poema-epitáfio, ele não poderia ter sido mais confessional, descontruíndo a sombra negra que muitos insistiam em ver nas suas obras, na sua vida e nele próprio. "Parvoíces", disse um dia o poeta norte-americano Conrad Aiken, seu mentor e amigo de longa data. "Toda a sua vida foi uma brincadeira pegada: nunca houve um bufão shakespeareano tão jovial", afirmou, já depois da morte de Lowry, cansado que estava de ler artigos sobre o alegado sofrimento incomensurável do seu amigo.

A verdade é que Lowry também contribuiu para o mundo de enigmas e espantos que cresceram em seu torno. Colocando de lado o álcool (a iniciação fez-se durante uma viagem, a bordo do Pyrrhus, e o mergulho do então jovem Lowry na bebida já não teve retorno) há histórias sobre a sua infância que parecem uma descida aos infernos. Ele próprio contou que foi torturado e sofreu várias tentativas de assassinato quando era criança as amas eram os seus carrascos. Uma vergastou-lhe os órgãos genitais, outra tentou afogá-lo num barril de água (foi salvo pelo jardineiro), outra ainda obrigou-o a conduzir o seu carrinho junto a um precipício e (nunca desistindo) uma outra ama-carrasco quis asfixiá-lo com uma manta. Uff... Haveria aqui matéria de sobra para (psic)analisar (agora com os traumas de infância no horizonte) alguns actos de Lowry. Isto se não soubéssemos que ele próprio repetia vezes sem conta para não o levarem demasiado a sério.

11 anos, 4 versões e muito mescal

Quando Lowry, acompanhado por Aiken, passou uma breve estadia em Lisboa, em 1933, faltavam apenas três anos para ele aportar num outro país, mais exuberante, festivo e trágico, capaz de inebriar um inglês devotado à beleza: o México.

Ele e Jan Gabriel, a americana que conhecera no Sul de Espanha e com quem casara em Paris, chegam a Acapulco no Dia dos Mortos de 1936. Os rituais de 1 e 2 de Novembro deixam o escritor extasiado e logo o fascinam os ambientes carregados de fumo e de odor adocicado das cantinas. Não tardou para experimentar a tequilha e o mescal, quando já estava instalado numa casa alugada em Cuernavaca, cidade com pouco mais de oito mil habitantes.

Rapidamente o México ("o lugar ideal para situar o combate de um ser humano entre os poderes das trevas e da luz", definiu) irrompe na sua imaginação e a ideia de escrever um romance cuja acção teria lugar naquele país ganha alento a cada dia que passa as pessoas que vai conhecendo reservam agora um espaço na história que ele esboça mentalmente. Começa a escrever o "Vulcão" ainda nesse ano, o primeiro de longos anos de horror. Amigos seus combatem na Guerra Civil espanhola, o nazismo eclode e o mundo está prestes a ser engolido pela guerra.

Lowry sabe que "Debaixo do Vulcão" pode ser a sua criação mais ambiciosa e, por isso, aposta tudo nela e defende-a com unhas e dentes (resistirá, uma década depois, às investidas dos editores que lhe pedem para fazer alterações na narrativa).

A crença vale-lhe o divórcio de Jan, que o abandona no México em meados de 1937. A crença e as bebedeiras, claro. Por vezes, e perante a ira de Jan, justificava a ida às cantinas com propósitos literários. Quando ela já dormia, escapulia-se para o jardim da casa, onde escrevia até amanhecer, acompanhado por uma garrafa que ali escondia (acto que também atribuiu ao protagonista do "Vulcão", o Cônsul Geoffrey Firmin, uma das personagens mais marcantes da literatura do século XX).

Sozinho, Lowry viaja pelo país e escreve, reescreve, corta e altera vício que manteve até ao fim da vida, pelo que se entende por que é que a maior parte da sua bibliografia é póstuma. Faltavam onze anos até à edição do livro e pelo meio Lowry escreveu quatro versões perdeu uma num incêndio e outra durante uma monumental bebedeira.

Em 1938, Lowry viaja para Los Angeles com o manuscrito na bagagem. Até 1947 o tempo corre veloz: vive em Vancouver; casa-se com Margerie Bonner; muda-se para Dollarton; envia a terceira versão do livro para o seu agente, Harold Matson; não se resigna quando o "Vulcão" é rejeitado por 12 editoras; recomeça a trabalhar numa quarta versão e envia-a de novo para Matson; e regressa ao México no último ano da II Guerra Mundial. A obsessão pelo livro transparece até nos poemas que escreve ao longo desses anos. "There was an old Cônsul called Firmin/Who alas was infested with vermin/But for this man obscene/Was prepared a ravine/To spend all the rest of his term in", poema datado de 1942.

Em Junho de 1945 (a ceifa da guerra ainda não terminara, faltando a estocada final das bombas atómicas detonadas sobre o Japão), Lowry dá por concluído o livro. Não admite mais uma alteração, diz a Matson. E fica por Cuernavaca até à Primavera de 1946, apesar de escrever aos amigos que julga estar a ser perseguido por gente que vê nele um espião.

Numa carta enviada a Jonathan Cape, editor londrino, confessa que a sua intenção quando iniciou a escrita do "Vulcão" era conceber uma trilogia, intitulada "The Voyage that never ends": começava com o "Vulcão", prosseguia com "Lunar Caustic" e terminava com "In Ballast to the white sea" (perdido para sempre num incêndio).

A resposta de Cape é o anúncio da futura edição do livro. No mesmo dia, Lowry recebe também uma carta da Reynal & Hitchcock, de Nova Iorque, com a mesma notícia. Abandona o México e, depois de uma passagem por Dollarton, viaja para Nova Iorque para o lançamento do livro, em 1947.

A batalha estava ganha e Lowry consegue finalmente ver publicado o livro que quis transformar numa "obra pioneira" e que acabou por ser "a autêntica história de um bêbado".

"O danado deste livro parece cem foguetes a rebentarem ao mesmo tempo", disse.

Mais de duas décadas volvidas sobre a morte de Lowry, e com o "Vulcão" já sedimentado num lugar destacadíssimo da história da literatura do século passado, John Houston realizou a versão cinematográfica do livro. E pediu ao escritor cubano Guillermo Cabrera Infante para fazer a adaptação de um livro que em 12 capítulos desfia um sem número de parábolas de todos os tempos. "Debaixo do Vulcão" chegou aos ecrãs em 1984: Albert Finney interpretou o Cônsul (consta que a primeira escolha terá sido Richard Burton, que recusou) e Jacqueline Bisset representou o papel de Yvonne Firmin. Houston estava já no final da sua carreira, mas não foi por isso que o público recebeu o filme com alguma indiferença. Para os leitores de Lowry, esta é uma história que apenas vive no papel.

Bibliografia consultada: "Pursued by Furies A Life of Malcol Lowry", de Gordon Bowker (St. Martin's Press) "Selected Letters of Malcolm Lowry", de Harvey Breit e Margerie Bonner Lowry (Lippincott Company) "The Collected Poetry of Malcolm Lowry", de Kathleen Scherf (UBC Press) "Vidas Breves", de Javier Marías (Quetzal) "Lunar Caustic", de Malcolm Lowry (introdução e tradução de Aníbal Fernandes)

extraído da edição online do Ipsilon http://ipsilon.publico.pt/

quarta-feira, dezembro 17, 2008

terça-feira, dezembro 09, 2008

sábado, setembro 06, 2008

segunda-feira, julho 21, 2008

quarta-feira, maio 14, 2008

domingo, março 16, 2008

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Até sempre



1950-2008

Si la muerte pisa mi huerto
¿quién firmará que he muerto
de muerte natural?

¿Quién lo voceará en mi pueblo?
¿quién pondrá un lazo negro
al entreabierto portal?

¿Quién será ese buen amigo
que morirá conmigo,
aunque sea un tanto así?

¿Quién mentirá un padrenuestro
y a rey muerto, rey puesto...
pensará para sí?

¿Quién cuidará de mi perro?
¿quién pagará mi entierro
y una cruz de metal?

¿Cuál de todos mis amores
ha de comprar las flores
para mi funeral?

¿Quién vaciará mis bolsillos?
¿quién liquidará mis deudas?
A saber...

¿Quién pondrá fin a mi diario
al caer
la última hoja en mi calendario?

¿Quién me hablará ente sollozos?
¿quién besará mis ojos
para darles la luz?

¿Quién rezará a mi memoria,
Dios lo tenga en su Gloria,
y brindará a mi salud?

¿Y quién hará pan de mi trigo?
¿quién se pondrá mi abrigo
el próximo diciembre?

¿Y quién será el nuevo dueño
de mi casa y mis sueños
y mi sillón de mimbre?

¿Quién me abrirá los cajones?
¿quién leerá mis canciones
con morboso placer?

¿Quién se acostará en mi cama,
se pondrá mi pijama
y mantendrá a mi mujer,

y me traerá un crisantemo
el primero de noviembre?
A saber...

¿Quién pondrá fin a mi diario
al caer
la última hoja en mi calendario?

Si la muerte pisa mi huerto
J.M. Serrat

domingo, janeiro 20, 2008

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Leo toujours




La mer en vous comme un cadeau
Et dans vos vagues enveloppée
Tandis que de vos doigts glacés
Vous m'inventez sur un seul mot
O Ma Frégate des hauts-fonds
Petite frangine du mal
Remettez-vous de la passion
Venez que je vous fasse mal
Je vous dirai des mots d'amour
Des mots de rien de tous les jours
Les mots du pire et du meilleur
Et puis des mots venus d'ailleurs
Je vous dirai que je t'aimais
Tu me diras que vous m'aimez
Vous me ferez ce que tu peux
Je vous dirai ce que tu veux
Je vous dirai ce que tu veux

Je vous aime d'amour

Si t'as seize ans et des poussières
A nous deux ça fait des années
Que je prépare ma galère
A te ramer à t'affoler
Voilà que tu cherches ton bien
Dans les vitrines de ma nuit
Achète-moi je ne vaux rien
Puisque l'amour n'a pas de prix
Comme une louve sous son loup
Quand je vous ferai des petits
Vous banderez vos yeux jaloux
Avec un loup de satin gris
Tout comme est gris le jour qui va
Petite sœur écoutez-moi
Comme un bateau entre mes doigts
Vous coulerez je vous le dois
Vous coulerez je vous le dois

Je vous aime d'amour

Si la mort avait ton regard
Je meurs ce soir sans regarder
Et te demanderai ma part
Au bord du vide et des baisers
L'amour ça ne meurt que la nuit
Alors habille-toi en moi
Avec un peu de rouge aussi
J'aurai ta mort entre mes bras
Lorsque vous me mettrez en croix
Dans votre forêt bien apprise
Et que je boirai tout en bas
La sève tant et tant promise
Je vous engouffrerai de sang
Pendant que vous serez charmée
Et je vous donnerai l'enfant
Que vous n'avez jamais été
Que vous n'avez jamais été

Je vous aime d'amour